DAS FLORES AOS ESPINHOS: O SERVIÇO PÚBLICO DE PARQUES E JARDINS TERCEIRIZADO E PRECARIZADO
Resumo
A terceirização foi uma das formas de enxugamento dos serviços públicos.
Estudamos o Departamento de Parques e Jardins de uma Prefeitura do Estado de São
Paulo a partir de percepções da substituição da mão de obra efetiva por terceirizados.
Objetivou-se analisar o departamento a fim de conhecer sua estrutura, organização,
os trabalhadores e os possíveis impactos da terceirização. Trata-se de uma pesquisa de
abordagem qualitativa, com entrevistas semiestruturadas considerando as trajetórias
de vida, histórias ocupacionais dos trabalhadores e observações nos locais de trabalho.
Observamos três distintas categorias de trabalhadores; os efetivos, os terceirizados e os
reeducandos, abrigando no interior da categoria ‘efetivos’ ao menos duas ‘classes’,
uma valorizada e outra pouco valorizada. As histórias de vida dos efetivos indicaram
possibilidades da construção de algum patrimônio e filhos com acesso aos estudos,
devidos ao emprego público. Terceirizados e reeducandos realizavam tarefas menos
qualificadas, com jornadas mais longas e salários bem mais baixos. Concluimos que a
terceirização é uma forma de precarização do trabalho, levando a uma precarização de
suas vidas; o serviço público estável atuou como uma forma de inclusão e de cidadania.
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